Claro que, se está sobre o pensamento de Aristóteles, melhor dizendo sobre a Filosofia Primeira do supra génio. Está-se
porque Des Cartes virá a ser um dos seus principais críticos. E dessa crítica
resultará o início do que chama "A Ciência Moderna".
Indo ao que interessa, centrado no momento anterior:
Aristóteles dá-nos a sua noção metafísica do início do mundo e posteriores transformações, mas deixa-nos num dilema, um dilema que a ciência dita moderna não consegue resolver.
A potência em si mesma não é capaz de
formalizar o ser em acto, é necessário a intervenção de um agente transformador
(Causa Eficiente) guiado por uma finalidade
(causa final).
O movimento de todas
as coisas do mundo deve-se à existência da Substância
Primeira de todas as
substâncias: -imóvel, primeira fonte
necessária de movimento, primeiro motor, principal propulsor, que as colocou
originalmente e coloca em movimento.
Movimento/transitoriedade/mudança/transformação das coisas:
- Passagem da matéria à forma.
- Passagem da potência ao acto e do acto à
potência.
-
Que vai sempre da potência ao acto e da privação à posse.
-
Acto de um ser em potência enquanto está em potência.
Considerando
No
momento anterior ao inicio do mundo, momento em que todos não éramos, e só
muitíssimo mais tarde viremos a ser algo dotado de consciência, uma Causa
Eficiente decide provocar a potência em si, através de uma simultaneidade: gerar
um ser e levá-lo ao acto. Tal podemos designar por Uno Original. Mas, só ficou completo
depois de receber uma informação: será sempre possível passar do acto à potência
e da potência ao acto, desde que possua potencial para tal. E também será certo
que, sempre que houver transformações há perdas e ganhos de potencial.
Mas,
muitíssimo depois, consciencializamos que as transformações da potência ao acto
e do acto à potência no universo, para além de virem de um tempo anterior, no presente
e para o futuro ficamos com a ideia que essas transformações parecem não ter fim,
para além de constatarmos as suas diferentes complexidades.
Tal,
leva-nos a novo considerando:
A
Causa Eficiente forçosamente na simultaneidade referida a provocação gerou a desmultiplicação
do Uno por sucessivas transformações.