A Filosofia (área de debate e estudo) nunca devia se ter separado integralmente da matemática. É verdade, é um caminho difícil e árduo. Só que esse caminho foi apontado.
Quando Tales visitou Gizé, numa das suas estadias no Egipto, a Grande
Pirâmide já contava aproximadamente 1000 anos de existência, apesar disso a sua
altura permanecia desconhecida ou seria um segredo bem guardado reserva de alguns.
O Faraó Amásis, por entreposta pessoa, desafiou Tales a proceder
ao cálculo de tal altura. Pedido esse que veio a satisfazer, caindo em graça
não só do Faraó como também do deus Rá.
Supõe-se que
Tales tenha calculado, por triangulação, segundo o que aprendeu no Egipto.
Plínio (séc. I d.C.) e
Plutarco gravaram versões do
evento. Laércio (séc. XIII d.C.) e Proclo (séc. V d.C.) dão referências sobre este assunto.
Parta-se do pressuposto de que, ele era bastante
observador, dotado de alguma experiência, ousava em experimentar e que estava a utilizar conhecimentos
teóricos rudimentares.
Entre conhecimentos, podemos citar a noção de
linha real (passível de ser medida e comparada) e de linha imaginária (passível
de ser calculada e comparada).
Através da observação, não seria alheio ao facto
de que o Sol descreve uma trajectória desde que nasce até que se põe. E, que o
sol, em cada momento, incide de igual modo sobre as coisas, seja elas uma
pirâmide ou o seu cajado, à medida que descreve a sua trajectória ao longo do
dia.
Ao visionar o sol a incidir sobre a pirâmide, deve
ter verificado que a sua sombra varia ao longo do dia. E, dado o movimento do
sol ao longo do ano, a inclinação da estrela vai variando consoante o dia do
ano.
É possível que fosse do seu conhecimento de que o
sol naquele lugar descreve a sua trajectória de norte para sul. Ao nascer do
sol, a sombra é mais longa voltada para sul, ao meio-dia é nula e, à medida que
a tarde avança, a sombra vai aumentando voltada para norte.
Provavelmente, ele não se limitou a visitar o
Egipto fugidiamente, mas permaneceu por lá algum tempo. O que lhe permitiu concretizar
os seus negócios, conviver com outra cultura e assimilar os conhecimentos
detidos pelos homens de cultura (sacerdotes, agrimensores e arquitectos).
Tales andava perplexo com as dimensões da
pirâmide.
-Como é que os Egípcios construíram uma coisa tão
grande? Quando estou próximo deste monstro, pareço uma mosca! É uma obra colossal.
Eles devem ter conhecimentos relevantes adquiridos pelos construtores ao longo
do tempo. Fala-se muito do seqt. Procurei entender o seu significado, só que me
falta uma peça fundamental.
A ideia que tenho do seqt é o seguinte:
O Seqt é uma peça importante no
cálculo da inclinação da face oblíqua de uma pirâmide em relação à vertical.
Seqt = percurso / elevação da
pirâmide.
Seqt = ox / oy
continua