sábado, 10 de março de 2012

Pequeno Ensaio Sobre Princípios da Monadologia



Segundo a língua grega “Monas” é unidade e “Logos” é tratado ou ciência.
O interesse não é estabelecer um tratado, antes de mais, é dar uma interpretação ao início do lido na tradução de Luís Martins e Outros sobre aqueles Princípios.

Aristóteles dava muita importância à observação e à experimentação. Leibniz não é um neo-aristotélico. É um pensador influenciado por Aristóteles, criticou-o e desatou algumas das pontas que ele apresentou. 

Da percepção da natureza, ou até indo um pouco mais longe, por entre o plenum-universo, o composto começa e acaba por partes. 
No meio, entre o seu início e o seu fim, ele é um “montão” (aggregatum, colecção, conjunto) de substâncias simples, isto é, sem partes.
Onde não há partes, não há extensão, nem divisibilidade possível.
Tomadas como partes, essas substâncias são elementos das coisas, agregam-se por combinação até formarem o composto. Elas são elementos reais e verdadeiros da natureza.
Não há maneira pela qual a substância simples comece naturalmente – não há geração.
E, não há maneira concebível pela qual a substância simples possa perecer naturalmente – não há dissolução a temer. Logo, as substâncias simples não podem começar, nem acabar; excluindo o instante onde podem começar por criação e acabar por aniquilação.

Lavamos as mãos no físico e, daqui em diante, vamos transpor a barreira para o mundo metafísico, em que substância simples, já não será infinitésimo, átomo ou ponto, será – a mónada.  

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