quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

"Anónimo" II

Mencionou-se diálogo entre pessoas, desde logo, homens e mulheres que partem para acção com intenção voluntária, com consciência dos seus actos e na plenitude das suas capacidades.  À priori e de “boa fé”, quem se manifesta, fá-lo por uma boa razão. Portanto, existe uma causa para um efeito, de tal modo que não cause prejuízos para o autor, quer para o receptor. E é nestes termos que temos de nos centrar, entrega-se à dúvida o benefício. Mas, não podemos ser ingénuos, pois há sempre aquele ou aquela que gosta de furar a barreira da regra, por excesso de toxinas no cérebro, deficits de educação, ou sentimentos mal alinhados, parte com vontade, mas com a intenção de causar prejuízos a terceiros, ferindo as suas susceptibilidades, desejos e interesses. Neste ponto convinha frisar a necessidade de verificar bem a essência da mensagem, atestar bem a sua razoabilidade. Porque senão, pode muito bem acontecer, uma pessoa estar alertar para comportamentos nocivos, por exemplo faltas de responsabilidade, e ninguém prestar toda a atenção porque a mensagem não estava autenticada quanto ao autor, não lhe tendo sido atribuída autoridade para tal, e mais tarde lá vem o desabafo, “alguém nos tinha avisado”. O que interessa nesta caso não é o alguém, mas a substância do aviso.  
Outra abordagem:
Na origem, um emissor transmite num momento, um pacote de informação de um autor, que irradia através de um canal admitido num meio, e no destino, um receptor predisposto para aferir a mensagem.
Em momentos curtíssimos, sucessivos e muito rápidos passa-se o seguinte:
Na fase de recepção, somos impressionados por esse pacote de informação, modulado segundo características que lhe são próprias. A modulação é transformada, de modo a percorrer rapidamente os nervos até ao cérebro impressionando a tela da consciência, causando uma admiração relativa e a necessidade de comparação daquela modulação com outras anteriormente recebidas, isto é, a verificação ultra rápida de quais as diferenças na forma e na substância da coisa. Havendo diferenças significativas a este nível e ou nas primeiras impressões ao nível da pele, de imediato, somos levados a indagar a sua procedência, porque algo nos chama a atenção. Os nossos sentidos são impulsionados a dirigirem-se para o foco origem, procurando fazer coincidir o nosso tempo com o tempo da duração da emissão, procuramos sintonizar as nossas capacidades receptivas à coisa em vibração, de modo a dar-se uma percepção mais eficaz. Nesta fase, perguntámos: Quem está a enviar? Quem criou isto? Mas, fazemos mais, em função das nossas capacidades intrínsecas, vamos incorporando a modulação que estamos a receber, enquadramos os seus limites com os nossos próprios limites. As perguntas serão outras: o que é isto? E qual a finalidade de isto? Que razões há para isto? Entramos na valoração máxima da coisa agora presente, atribuímos importância e momentos de atenção redobrada.
Antes de continuar, convém reparar no seguinte, quando se fala ali de sintonia e modulação, estas operações indicam as nossas limitações, de acordo com as nossas capacidades, estabelecidas pela evolução até a um limite, recebemos o que sintonizamos, modulamos e tratamos. Assim sendo, admitimos que não está ao nosso alcance muitíssima modulação que nos circunda e invade, e temos que nos refugiar de parte significativa dela ou arranjar meios para ir ao seu encontro. Colocando-se nova pergunta: Quais as vibrações que não somos capazes de sintonizar, modular e tratar? Nesta resposta entra a filosofia como todo e a ciência como parte. É uma questão geradora de impulsos para conhecer. 

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