quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Noção Individual Completa

Ao longo do tempo e em face da variância da vida, e do mundo, vamos arrumando num invólucro elementos que fundamentam uma coisa. A caixa mantém-se aberta para corrigir itens de um ou vários elementos, juntar ou retirar elementos por defeito ou por excesso, mas sempre de tal modo que, não afecte o núcleo central da noção, isto é, mantendo sempre uma essência que a torne clara, no fundo a noção procura sempre corresponder tanto melhor quanto melhor à coisa. Não pomos em causa aquilo que a coisa significa para nós, porque a consideramos referência no nosso percurso. É preservado o núcleo central que serve de base à coisa.
O mundo varia. É certo. Mas, sempre variou e vai variar porque tem na sua génese a mudança e o acalentar da mesma. Neste seguimento, também, é de admitir que a sociedade varie, a história tal esclarece.
Admitimos a mudança, mas ao fazê-lo não podemos de deixar de admitir a extensão e o tempo de alongamento. Contudo, a cautela dita um novo olhar sobre o tempo, trás consigo um item, o tempo de maturação das coisas. 
-Está bem! Só que temos de andar de pressa para acompanhar o outro e o evoluir dos acontecimentos!
-Isso é certo, mas, deitamos fora os itens, os elementos e as substâncias?
Pelo andar da carruagem um banco não é banco, um hospital, não é hospital, a justiça não é justiça, um território é uma pequena faixa, a minha pátria é outra e os peixes desaparecem. Ser-se-á o quê e em que submundo por nós criado?
Entre os extremos sempre possíveis existe no intermédio o equilíbrio como precaução e que permite a ponderação. Sim, porque não podemos viver, permanentemente, só nos extremos ou relegando-os, totalmente, para segundo plano, por temor. Como, também, não nos podemos sentar indefinidamente em cima do meio repousante, à espera da cenoura ou da banana.
Uma proposta de abordagem pode passar pelo consenso sobre um jogo de antecipação esclarecida antes dos acontecimentos e fenómenos futuros, o encenar de previsibilidades, e pelo reconhecimento ou estabelecimento de fundamentos considerados por todos sempre necessários e por todos respeitados.
Mudar por dá cá aquela palha, conforme o momento e segundo o interesse imediato de alguns, sem um consenso amplo e abrangente, gere trabalhos dobrados.  
Abram-se as portas da informação e do convencimento.






Sem comentários:

Enviar um comentário