quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pequena História da Vida de Aristóteles (7)

... Estado adulto (continuação)


335 A.C. Sobe ao torno Alexandre.
Alexandre liquida a sublevação dos Trácios, Ilírios e Tebanos. Confia a Antípatro a regência da Macedónia e o governo da Grécia. Para o governo de Atenas é nomeado Antipater, protector da cultura e amigo de Aristóteles. Alexandre com vinte anos, relança o projecto de invasão da Pérsia. A Liga de Corinto nomeia-o Comandante Supremo e coloca os Gregos debaixo do seu domínio.
Alexandre, a pedido de Aristóteles, reconstrói Estagira.
334 A.C. Alexandre cruza o Hellesponto, atravessa o Bósforo. Avança pela Ásia a dentro, derrotando Dário III na Batalha de Granico e rumou até à Índia.
Com 49 anos, Aristóteles dirige-se para Atenas, na companhia do seu amigo Teofrasto. Na Academia Platónica está o seu amigo Xenócrates. Mas, decide fundar a sua própria escola, não esquecendo as divergências que tinha com aquela escola, defende uma escola não voltada para a matemática, mas virada para as ciências naturais. Alexandre é o seu mecenas e prontifica-se em o financiar. Num bosque a nordeste de Atenas, onde existe um templo dedicado a Apolo Liceano (Lykaios), (Lício), adquire um ginásio, ladeado por alamedas (peripatos) cobertas de árvores frondosas e embelezado com colunas (peristilos). Neste vasto espaço constrói depois a biblioteca, museus para as colecções, salas de trabalho, …
Ao contrário da Academia Platónica, O Liceo (Lykeion) ou escola peripatética privilegiava as ciências naturais. Aristóteles dedica-se ao estudo e sistematiza os seus cursos, recolhendo materiais de outras filosofias passadas e presentes. O trabalho cobria os campos do conhecimento clássico: filosofia geral, filosofia primeira, lógica, ética, política, retórica poesia, biologia, zoologia, medicina. Estabeleceu as bases das disciplinas quanto à metodologia científica. Recolhiam informações acerca de tudo e organizavam depois esses dados num sistema global. Era um grande centro de estudos, em que os mestres se dividiam por especialidades, não apenas filosóficos mas, igualmente, de ciências naturais dotado de um grande acervo de livros.
Alexandre para além da ajuda financeira, também lhe enviava exemplares da fauna e flora dos povos por onde passava.
Com a ajuda do fiel amigo Teofrasto ensina durante 12 anos.
Os cursos esotéricos (acroamáticos), na forma de …, para os alunos internos e os exotéricos, na forma dialéctica para o público em geral. Os alunos eram conhecidos como os peripatéticos, nome decorrente do facto de Aristóteles ensinar ao ar livre conversando e discutindo, passeavam sob as árvores das alamedas que circundavam as instalações da escola. Passear, obedecendo à natureza, activa a digestão, a bílis, o sangue e o calor.
Aristóteles não apreciava os excessos de Alexandre, ele é o criador do bom-senso, o justo meio que se situa entre o defeito e o excesso. Desaprova o seu comportamento. Não lhe perdoará a morte de Clístenes, seu sobrinho querido, que não aceitava Alexandre como sendo um deus.
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